domingo, 22 de maio de 2011

Marisqueiras ganham equipamentos de proteção individual

 Imprensa Seagri  (23/02/2011)
EPIs evitarão cortes nas mãos e nos pés, e ajudarão na prevenção do câncer de pele
Foto: Izamara Gouveia
A Bahia tem milhares de marisqueiras que trabalham até seis horas por dia na coleta de ostras, sururus e outras espécies em praias ou manguezais. Estas profissionais estão sujeitas a diversos fatores de risco, como câncer de pele (devido à exposição excessiva aos raios solares) e ferimentos em pés e mãos. Para minimizar as doenças ocupacionais relacionadas à atividade, a Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia – Seagri, através da Bahia Pesca, lançará na quinta-feira (24/02), em Cachoeira (a 130 km de Salvador) um kit de equipamentos de proteção individual (EPI) desenvolvido especialmente para as marisqueiras. A ação faz parte do Programa de Atendimento à Saúde das Marisqueiras.
Técnicos do Ministério do Trabalho acompanharão, durante um ano, a utilização do kit. Após esse período de avaliação, as peças podem ser homologadas pelo ministério como EPIs voltadas à atividade. “O kit é composto de camisa de manga comprida, calça, boné, bota ou sapatilha emborrachada e luvas. Toda a roupa é confeccionada em um tecido especial que protege contra raios UV (ultravioleta) e não absorve o calor solar, minimizando a incidência de câncer de pele, neoplasias, desidratação, envelhecimento precoce da pele e cortes nas mãos e pés”, explica o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli.
Nesta quinta-feira, (24), serão distribuídos 36 kits na comunidade de Santiago do Iguape, em Cachoeira. Outros 120 “pacotes” serão entregues às marisqueiras em Salinas da Margarida, Vera Cruz, Nazaré, Valença e Saubara.
Além dos equipamentos de proteção individual, a Bahia Pesca criou também um kit-marisqueira, com o objetivo de beneficiar os produtos da mariscagem e possibilitar melhorias nas condições de higiene e trabalho. Trata-se de uma bancada com pia e outra para catação, um eco-fogão, jogo de panelas e escorredor, além de outros materiais que facilitam a vida dessas profissionais que sofrem de dores nos membros e na coluna, decorrentes da má postura durante o ato de mariscar.
Embora existam homens atuando na atividade de mariscagem, as mulheres predominam. "Essa tradição remonta de séculos, quando o homem saía para pescar no mar e a mulher ficava encarregada desta atividade, geralmente próximo à sua moradia", conta albagli.

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